13 de fevereiro de 2009

idéias que invadem a mente durante a meditação na aula de ioga (quando eu não deveria pensar em nada)

Vixe, hoje é sexta-feira, 13.

Estacionei o carro no sol e aquilo vai estar um forno de microondas quando eu voltar.

Será que o Locke morreu mesmo?

Estou com uma vontade louca de comprar uns vestidos, uns sapatos novos... Mas eu não posso! Sai, sai!

Esse BBB 9 tá uma bosta.

Acho que meu dedinho do pé está ficando dormente.

Esse barulho foi do estômago de alguém? Jesus!

Amanhã tem aula de balé clássico, bem no horário do almoço, e já sei que vou sair furiosa de fome e devorar o que estiver pelo caminho. Seja lá o que for.

Será que eu não vou poder ser bailarina porque não existe collant do meu tamanho?

Odeio rede sem fio. Odeio!

Huahuahuahuahuahuahuahuahua! Mas por que eu estou rindo?

Acho que sonhei com o Brad Pitt.

Que horas será que são?

2 de fevereiro de 2009

pensamentos miados



















Meus instintos felinos dizem que hoje vai ter atum. Pressinto o cheiro do atum, mesmo dentro da lata. Ela vai comer atum hoje. Sanduíche de atum. Tenho certeza! É que hoje é dia dela sair cedo com uma roupa engraçada, bolsa grande e tênis. Ah, os tênis! Amo aqueles cadarços mais que tudo nas minhas sete vidas. Fora o atum. E iogurte de morango. E caixas, claro.

Então, nos dias em que ela sai assim, volta no fim da manhã e come rápido. Não suja nada na cozinha. Não fica nada pra fuçar escondido quando ela vai embora. Principalmente se for um dia depois da visita daquela mulher baixinha do aspirador de pó. Vocês sabem do que se trata, não é? O aspirador de pó é um monstro que fica dias trancado no armário. Ele é pior que qualquer cachorro. Pior que o veterinário. Pior que o petshop. Pior que o secador de cabelos. Odeio o aspirador de pó.

A tal mulher baixinha vem uma vez por semana, liberta o monstro, limpa tudo, esfrega panos e cheiros esquisitos no chão e nos móveis, tira meus odores da casa inteira e depois eu tenho que ficar salivando em tudo de novo! É um inferno! Um serviço que não acaba nunca.

Ela abriu o armário da cozinha. Acho que está procurando a lata de atum. Não. Vai colocar aquele troço marrom no leite. Eu já gostei de leite, muito tempo atrás. Mas agora leite me embrulha o estômago. Passo mal e não ponho pra fora apenas as singelas bolas de pelos. Acho que estou ficando velha. Imagina, já vou fazer nove anos de vida! Ainda bem que tenho outras seis.

Ela me chamou. Será que eu vou? Ou não? Essa indecisão me mata. Acho que vou, bem devagar, pra não parecer que estou obedecendo. Vou me atirar nos pés dela e espero sinceramente que isso valha uma boa recompensa, do tipo coçadinha na barriga. Ou um pedaço maior de atum.