Um rato me persegue por todos os cantos
Enorme, cinzento, ameaçador.
Um rato tal qual uma sombra
Que se reveste de fraternal cumplicidade
Todas as noites quando, ao deitar,
As luzes que me atravessam
Revelam esse monstro em mim.
De repugnância velada
De dores gordurosas
De podridão invisível
Que ameaçam, insistentemente, a minha vida.
Um rato traiçoeiro
Que, aonde quer que eu vá,
Espreita um descuido de existência
Para devorar, regozijado, o amanhã.
Rato que me conforta e alimenta
Espectro vivo ao meu lado
Leve a verdade daqui.
2 comentários:
Dizem que elefantes têm medo de ratos. É que não sabem a força que têm.
Os elefantes têm medo de ratos porque não conseguem mirá-los nos olhos.
Postar um comentário